quarta-feira, 1 de julho de 2009

Jornalismo Literário

O jornalismo literário é apontado como grande salvador da crise atual do jornalismo. O conhecido New Journalism procura detalhar e interpretar mais as situações, deixando de lado um pouco da técnica e tentando valorizar as idéias a serem passadas aos leitores. Surgido na imprensa norte americana na década de 60 e tendo como um dos grandes marcos o livro de Truman Capote - A Sangue Frio - esse gênero jornalismo além de aparecer em livros é típico de revistas.
Ele é considerado um romance de não-ficção, ao qual mistura a narrativa literária com a jornalística. Enquanto uma das normas do jornalismo é a ausência de subjetividade com o literário acontece o contrário. O gênero em questão conta detalhadamente tudo o que acontece na cena, tanto que no caso de Capote virou até livro pela riqueza e quantidade de detalhes. Sem se preocupar com a novidade esse jeito diferente de fazer jornalismo tem mais liberdade, pois não há a necessidade de seguir o famoso Lead.
Outras características que marcam esse jornalismo é a exaltação da criatividade e o fato de ser altamente opinativo. Além disso, é de fundamental importância que o escritor tenha boa audição e observação. Acredita-se que é possível inventar certos fatos nesse gênero, contudo há de se tomar cuidado, tem que haver um limite na invenção para que ela continue sendo jornalismo. Além disso, os profissionais necessitam ter discernimento para que a verdade seja dita.
Advindo desse, o jornalismo gonzo é um estilo em que o narrador abandona qualquer pretensão de objetividade e se mistura com o ação. Seu marco seria um texto chamado "Medo e delírio em Las Vegas pelo jornalista Hunter Thompson. Esse por sua vez foi um jornalista muito polêmico e para ele as reportagens deveriam ser lutadas. Esse estilo acredita que para se conseguir uma reportagem boa poderia-se até apanhar. Além disso, é feito com total parcialidade.
O jornalismo que se preocupa com a interpretação e os fatos decorrentes a ela e mais que isso com o como e o porquê disso ter acontecido é a principal arma que se tem contra a derrocada vigente a essa profissão. Procurando deixar o leitor a par de todos os detalhes da notícia é provável que também suscite o interesse desse pela reportagem bem apurada, valorizando assim os jornalistas.
Géssyca Agnes

domingo, 21 de junho de 2009

Diploma de Jornalismo

As novas medidas tomadas pelo superior tribunal de federal, homologaram que o diploma para a profissão de jornalismo não seria mais vigente, ou seja, não teria mais nenhum valor, apenas seria algo simbólico. Podendo um profissional de qualquer área exercer a profisão de jornalista.
Em uma decisão tomada pela maioria dos ministros, com uma votação de 8 a 1 para a retirada do diploma, em que apenas Marco Aurélio Mello votou contra. Foram ditas barbáries sobre a profissão, que chegou a ser comparada a de um chefe de cozinha por integrantes do STF. Porém, o ministro apoiador da causa jornalística foi enfático ao dizer que a profissão precisa sim de uma qualificação, em todos os sentidos, desde a apuração de fatos, entrevistas e também de, principalmente, na qualidade da escrita.
Um dos grandes temores é que profissionais de outras áreas, que não deram certo em suas profissões migrem para o jornalismo, inchando ainda mais um mercado, que pela sua natureza já é saturado. Outro grande receio demonstrado é com a qualidade da informação no interior das cidades brasileiras. Devido ao fato de que os pequenos jornais não tem condições de manter um elenco de jornalistas, em que todos são diplomados, portanto, apelando para outros profissionais. Agora, com essa medida tomada em relação ao diploma, os jornais do interior que antes já não contavam com quase nenhum jornalista em suas redações agora tenderão a não possuir nenhum, gerando um declínio na qualidade da informação repassada ao público.
A homologação do ato coincide com uma derradeira queda na qualidade dos fazeres jornalísticos, com esse ato é apenas mais uma fator para que esse fator tenda a decair ainda mais. Porém, prontamente as maiores instituições de comunicação do nosso país afirmaram que ainda continuarão procurando as faculdades e consequentemente profissionais prontos e qualificados para exercer a profissão e tentar tirá-la dessa crise.
Agora, com maior competição criada entre jornalistas e profissionais de outros setores, é visível que apenas os mais qualificados conseguiram destaque, claro, esse sendo um dos poucos fatores que a medida parece ter sido acertada. Também, como que por tabelas as faculdades que possuem cursos pobres em termos de conteúdo jornalístico desaparecerão.
Um fator que apenas os jornalistas formados possuem, e que hoje em dia é uma exigência desse mercado é a questão do profissional multimídia. Pois cada vez mais os profissionais terão que realizar toda a sua reportagem desde a apuração, escrever e ainda editar seu vídeo. Esses últimos fatores que apenas são ensinados em uma faculdade especializada de jornalismo.
Essa decisão tomada pelo STF poderá ainda ser revertida, pois as recupercussões geradas foram sentida em todo o país, principalmente por estudantes, que fizeram inúmeros protestos em detrimento da retirada do ato.



João Henrique Tavares Willrich

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ok, eu tentei

Sempre achei que seria extremamente fácil falar perante as câmeras. Mas hoje no exercício de laboratório de jornalismo as minhas pernas tremeram ao pegar no microfone. Está certo que minhas outras experiências com o objeto tinha sido apenas no videoke e não tinha uma câmera me filmando, mas eu achei que seria mais fácil.
Escolhi a reportagem que mais me interessou no jornal. Alias, acho que vale a pena compartilhar:
“Cresce o número de pichações num dos pontos turísticos do Centro Histórico de Porto Alegre, o viaduto Otávio Rocha. A diretora da Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural da capital, Débora Magalhães da Costa, argumenta que como o revestimento do viaduto é de um material poroso, o cirex, a absorção da tinta é maior, o que dificulta a sua retirada. A contratação de uma empresa especializada seria a solução. Os monumentos históricos enfrentam problemas quanto à limpeza. O Iphan normalmente só permite uma ação de restauro por completo. Na tentativa de coibir os vandalismos, a prefeitura de Porto Alegre instalou câmeras no viaduto, em abril, que integra o programa Viva o Centro.”
Mas isso não bastou. Meu interesse pelas pichações e a quantidade de vezes que li esse texto que aparentemente parece pequeno, não alteraram o desfecho infeliz da minha tentativa de ser filmada. Eu sei que isso parece meio dramático, mas o mais importante é que tentei. Duas vezes por sinal.
Peguei o microfone na mão, olhei pra câmera e me enrolei toda no meio do texto. Claro que, depois de me confundir com as frases eu não tive condições de terminar. Apesar de ter terminado. Mas eu fiquei mais nervosa e eu lia tudo que o já tinha decorado há horas.
O mais estranho é que longe da câmera, olhando sério e de verdade pros meus colegas, eu conseguia. Parecia que conseguia pelo menos. Diziam-me isso.
Eu descobri que se eu tivesse errado da primeira vez eu podia tentar de novo. Com uma coragem tirada ainda não sei bem de onde, eu fui de novo para frente da temida câmera. E de novo me perdi no material poroso que dificulta... Facilita... Como é mesmo? E lá vou eu de novo ler. Tive que assinar a reportagem como se eu tivesse orgulho do que fiz, pois era para que parecesse ser ao vivo. Ok, eu assinei.
O interessante foi que desenvolvi um medo cruel dentro de mim. O da câmera ou do Pellanda. Sim porque ele que estava nos filmando. Mas ainda acho que foi da câmera. Não importa. Irei me concentrar muito para conseguir na próxima vez, ela não vai me ganhar pra sempre, foi só a minha primeira vez.
Géssyca Agnes

quarta-feira, 17 de junho de 2009

TV DIGITAL: Novas perspectivas

A nova forma de assitir televisão chegou ao Brasil. A TV Digital entrou no país em novembro de 2007, inicialmente na cidade de São Paulo e logo após espalhou-se por todo o território. Ela traz com ela uma nova forma de assistir a televisão, novos conceitos em termos de qualidade de imagem e som. Outra interface que promete uma nova revolução é o conceito de interatividade, algo totalmente novo aos olhos da televisão brasileira.
A implementação da nova TV causa grande polêmica no nosso país, devido ao fato de mesmo sendo instaurada a 1 ano e meio, ela ainda não atingiu um grau de adoção satisfatório. O grande motivo encontrado é o elevado custo dos materias, entre eles estão os conversor digitais, além das novas televisões. Para tentar contornar esse problema o governo brasileiro criou um concurso nacional, em que as universidades deveriam desenvolver novas tecnologias, para assim criar um modelo totalmente revolucionário e brasileiro. Já existia interesse de alguns países sul-americanos em contar com essa nova tecnologia, caso da Argentina e do Uruguai.
Todavia, essa medida não foi mantida. E foram estudados novos modelos, entre eles o americano, europeu e o japonês. O modelo estado unidense foi logo rechaçado por possuir uma ênfase maior na qualidade de som e imagem, deixando muito a desejar no aspecto da interatividade. O Europeu implementava um modelo que não era benéfico para as redes de televisão, pois remete a transmissão do sinal de televisão em celulares para as operadoras de telefonia. Então, o modo japonês foi escolhido, por ter um maior espaço para a questão da interatividade.
Contudo, alguns aspectos serão modificados antes desse modelo ser homologado no Brasil, caso da interatividade que terá uma "cara brasileira", com vários recursos que vão desde consultas de emails até pesquisas sobre diversos conteúdos. Esse questão ainda não foi implementada no país, e apenas será nos meados do final desse ano, ou início do ano que vem. Por enquanto apenas a questão da imagem e som digital foram utilizados no nosso sistema de tranmissões.
Uma questão levantada quando abordamos a TV Digital é quando o sistema analógico, vigente na maioria das residências brasileiras acabará? Pois quando esse tipo de frequência for retirada, os indivíduos que não possuirem a compatibilidade com o novo sinal não terão a possibilidade de assitir televisão. Em alguns países, como os Estados Unidos, esta medida já tinha sido prorrogada diversas vezes, pois a aprovação a TV Digital ainda era pequena. Como forma de combate, o governo tomou a medida de destribuir à população cupons, que permitiam descontos no adquerimento de aparelhos conversores. Com essa iniciativa o atual presidente Barack Obama, conseguiu viabilizar o encerramento do sinal analógico em todo o território nacional. Transmutando essa questão para o Brasil, podemos perceber que no nosso páis ocorrerá o mesmo problema de prorrogação de datas, algo, aliás que já foi feito, pois o projeto inicial de desligamento do sinal analógico era em meados de 2011, porém uma nova análise mostrou que a adesão a nova tecnologia foi muito pequena, então o novo prazo foi estipulado para 2016.
João Henrique Tavares Willrich

domingo, 14 de junho de 2009

Cérebro, ela dominou o mundo!


Estou aqui como fã do desenho animado Pink e o Cérebro para informar aos meus queridos ídolos que, infelizmente, alguém já fez o trabalho que eles tanto sonhavam em ter a proeza de realizar. É isso mesmo, vocês não vão mais dominar o mundo. A internet foi mais rápida.
Com uma agilidade incomparável este veículo conseguiu levar a si os olhos de toda a população. É por causa dela que todas as outras mídias estão sofrendo e beirando à morte.
O jornal impresso está a cada dia que passa mais preocupado. As informações atualizadas de minuto a minuto na rede, não consegue competir com as 24h necessárias para todo o fechamento e edição do jornal. Antes de dar seu último suspiro a possível alternativa seria dar maior relevância ao jornalismo literário, ao opinativo e às reportagens, não somente as notícias do dia anterior.
A televisão é outro veículo que está sofrendo. Seus programas, seriados e até mesmo o jornalismo estão perdendo suas forças para essa grande potência que é a internet. Com a possibilidade de baixar arquivos em uma velocidade espetacular, o telespectador não espera mais para assistir seus programas, ele os consegue e assiste via internet. O Youtube é um dos grandes assassinos dos canais de videoclipes, pois é ele quem está divulgando e atualizando as pessoas em relação a esse conteúdo.
Com o rádio o problema é o mesmo. A veiculação da sociedade com a internet o faz se distanciar desse. Para que ouvir as músicas que gosto só no horário que a programação deseja, se tenho a possibilidade de ligar meu computador e através do meu iTunes escutar tudo que gosto? Mas aí você vai argumentar que existem notícias no rádio também e não somente músicas. E eu lhe respondo: enquanto está dando propaganda no rádio eu posso estar me atualizando na internet, ela não tem intervalo, ela não para.
A interatividade que se tornou a palavra mais comum nos veículos de comunicação é uma tentativa de manter vivas as velhas mídias. Essas não negam a existência da internet. Sabem de sua importância e do valor que o público agregou a ela. É por isso que a convergência desses meios com a rede está crescendo muito.
Encontramos atualmente, muitos sites sobre rádios e com programas online. A televisão é outra que já se rendeu e criou comunidades para discussão de seus programas. Além disso, a rede Globo, por exemplo, posta no Youtube os capítulos da Malhação, tentando atrair o público jovem. E o jornal, através de blogs e sites das próprias empresas divulga e comenta sobre as notícias.
É por isso que a era digital está chegando.
A TV, o rádio e o jornal se tornarão digitais. Programas estão sendo desenvolvidos. A tecnologia que está chegando nesses meios de comunicação unirá ainda mais a internet a eles. Tornando tudo mais interativo e conecto.
Sim, a internet estará em todos os lugares. E Cérebro, não tem mais volta, você perdeu a sua chance, ela já dominou o mundo.


Géssyca Agnes

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Será que chove?

Com o intuito de simularmos um programa de rádio montamos um grupo com os seguintes compontentes: Carolina Beidacki, Fábio Viecili, Géssyca Agnes, João Henrique, Júlia Rombaldi, Marco Souza, Natália Otto e Pedro Faustini. Através desses, Será que Chove? entrou no ar pela primeira vez no dia 21 de maio deste ano, nos estudios da radiofam no prédio sete da PUCRS.
Nos reunimos no dia anterior para discutir os assuntos a serem tratados no programa, a trilha sonora e o formato. Optamos por um programa de debate, que foge dos padrões habituais do rádio. Resolvemos, então, abordar temas que estão em pauta na atualidade como: a prisão de Guantánamo, o enem, as cotas nas universidades e o possível final do jornalismo impresso. A polêmica que esses assuntos trariam a tona foi o principal motivo para serem escolhidos. Desta forma, conseguiriamos preencher nossos 20 minutos previamente estabelecidos para estarmos no ar. Além disso estes temas têm uma relação direta com o público jovem, o que facilitou o nosso interesse em estudar para o programa. A trilha escolhida por unanimidade foi do Crazy Beavers, que pertencia a um desenho animado, além de ser empolgante ela se encaixava perfeitamente com o objetivo do programa de debate. Para facilitar o andamento, Será que chove? foi dividido em 4 blocos, cada um com aproximadamente 5 minutos, e um determinado número de pessoas que poderiam comentar naquele assunto.
Com horário estabelecido e inflexível, diferente das outras experiências que alguns componentes do grupo já tiveram, o programa tornou-se com ares mais sérios. Gerando um nervosismo característico de estreia, que ocorreu com todos os compontes do grupo. Devido a esse fator o começo do programa não "fluiu", algo que foi se amenizando ao longo do tempo. Exceto por um momento, ao qual um silêncio absoluto se instaurou na rádio. Isso aconteceu porque o nosso âncora, sem querer, pulou o assunto das cotas, por consequência a pauta sobre a fim do jornalismo impresso seria muito extensa e, portanto, o pessoal se preocupou. Felizmente, ocorreu tudo bem e conseguimos preencher o tempo corretamente. O Pedro foi o 'salvadr da prátria' e em meio ao nervosismo, quando as pessoas não sabiam o que fazer, ele falou para quebrar o silêncio e seguir o programa.
Após o programa discutimos com os professores da cadeira como tinha sido o desempenho. Os principais fatores destacadas foram o uso excessivo de " eu acho" e alguns problemas técnicos como o volume de microfones e erros em algumas trilhas.
Aprendemos muita coisa com essa tentativa de por ao ar um programa jornalistico e sério. O Será que chove? nos ensinou que o um minuto de silêncio no rádio é terrivelmente maior do que na vida real e que estando bem organizados, tudo ocorre corretamente e se consegue ultrapassar os pequenos problemas tornando-os imperceptíveis.


Confira agora mesmo a nossa experiência na rádio:

cyberfam.pucrs.br/labjormanha/grupo5m.mp3


Géssyca Agnes e João Henrique Willrich

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Rádio Digital

O rádio sendo um dos veículos que mais sofreu transformações na sua história, mais uma vez está tentando se adaptar as novas tecnologias. Desta vez, sua tática é a digitalização.
A diversificação é uma das promessas proposta por esse novo modelo de rádio, pois ele permite a divisão do espectro em dois ou mais canais de áudio. Essa nova tecnologia pretende dar nova vida ao rádio tanto em relação ao conteúdo, quanto a forma de consumo. Além disso, acredita-se também que se farão necessárias mudanças no modo de produção da programação.
O som teria uma melhora fantástica. A frequência AM ficaria com seu som equivalente ao do FM e esse ao de CD. A digitalização também promete fazer desaparecer as interferências nos sinais de transmissão de ambas as frequências.
Uma tela de cristal líquido possibilitaria a transmissão simultânea de dados. Através dessa seria possível ver a previsão do tempo e fotos, por exemplo. Isso ocorre porque além de portáteis esses receptores digitais seriam multifuncionais, multimídia, permitem voz, vídeo, fotos, base de dados, etc.
Contudo, com essa digitalização o rádio deixa de ser apenas áudio. E se tornando mais do que isso, uma das grandes vantagens do rádio de ser o único meio de comunicação que se recebe informações até mesmo de olhos fechados, como diria Rogério Mendelski, se perde. E aí vêm as críticas dos mais conservadores. O rádio continuaria sendo rádio mesmo com imagens? Essa pergunta impossível de ser respondida fica a critério de quem a escuta.
O rádio apenas tenta continuar tendo ouvintes. Enquanto digitalização toma conta, juntamente com a internet, de tudo o que elas vêm na frente. Para esse veículo de comunicação só existe uma saída, ou morre com seu conservadorismo ou se revitaliza perdendo uma de suas principais características, a possibilidade de permitir ao ouvinte que sua imaginação role solta.

Géssyca Agnes