O jornalismo literário é apontado como grande salvador da crise atual do jornalismo. O conhecido New Journalism procura detalhar e interpretar mais as situações, deixando de lado um pouco da técnica e tentando valorizar as idéias a serem passadas aos leitores. Surgido na imprensa norte americana na década de 60 e tendo como um dos grandes marcos o livro de Truman Capote - A Sangue Frio - esse gênero jornalismo além de aparecer em livros é típico de revistas.
Ele é considerado um romance de não-ficção, ao qual mistura a narrativa literária com a jornalística. Enquanto uma das normas do jornalismo é a ausência de subjetividade com o literário acontece o contrário. O gênero em questão conta detalhadamente tudo o que acontece na cena, tanto que no caso de Capote virou até livro pela riqueza e quantidade de detalhes. Sem se preocupar com a novidade esse jeito diferente de fazer jornalismo tem mais liberdade, pois não há a necessidade de seguir o famoso Lead.
Outras características que marcam esse jornalismo é a exaltação da criatividade e o fato de ser altamente opinativo. Além disso, é de fundamental importância que o escritor tenha boa audição e observação. Acredita-se que é possível inventar certos fatos nesse gênero, contudo há de se tomar cuidado, tem que haver um limite na invenção para que ela continue sendo jornalismo. Além disso, os profissionais necessitam ter discernimento para que a verdade seja dita.
Advindo desse, o jornalismo gonzo é um estilo em que o narrador abandona qualquer pretensão de objetividade e se mistura com o ação. Seu marco seria um texto chamado "Medo e delírio em Las Vegas pelo jornalista Hunter Thompson. Esse por sua vez foi um jornalista muito polêmico e para ele as reportagens deveriam ser lutadas. Esse estilo acredita que para se conseguir uma reportagem boa poderia-se até apanhar. Além disso, é feito com total parcialidade.
O jornalismo que se preocupa com a interpretação e os fatos decorrentes a ela e mais que isso com o como e o porquê disso ter acontecido é a principal arma que se tem contra a derrocada vigente a essa profissão. Procurando deixar o leitor a par de todos os detalhes da notícia é provável que também suscite o interesse desse pela reportagem bem apurada, valorizando assim os jornalistas.
Géssyca Agnes