quarta-feira, 20 de maio de 2009

Rádio Digital

O rádio sendo um dos veículos que mais sofreu transformações na sua história, mais uma vez está tentando se adaptar as novas tecnologias. Desta vez, sua tática é a digitalização.
A diversificação é uma das promessas proposta por esse novo modelo de rádio, pois ele permite a divisão do espectro em dois ou mais canais de áudio. Essa nova tecnologia pretende dar nova vida ao rádio tanto em relação ao conteúdo, quanto a forma de consumo. Além disso, acredita-se também que se farão necessárias mudanças no modo de produção da programação.
O som teria uma melhora fantástica. A frequência AM ficaria com seu som equivalente ao do FM e esse ao de CD. A digitalização também promete fazer desaparecer as interferências nos sinais de transmissão de ambas as frequências.
Uma tela de cristal líquido possibilitaria a transmissão simultânea de dados. Através dessa seria possível ver a previsão do tempo e fotos, por exemplo. Isso ocorre porque além de portáteis esses receptores digitais seriam multifuncionais, multimídia, permitem voz, vídeo, fotos, base de dados, etc.
Contudo, com essa digitalização o rádio deixa de ser apenas áudio. E se tornando mais do que isso, uma das grandes vantagens do rádio de ser o único meio de comunicação que se recebe informações até mesmo de olhos fechados, como diria Rogério Mendelski, se perde. E aí vêm as críticas dos mais conservadores. O rádio continuaria sendo rádio mesmo com imagens? Essa pergunta impossível de ser respondida fica a critério de quem a escuta.
O rádio apenas tenta continuar tendo ouvintes. Enquanto digitalização toma conta, juntamente com a internet, de tudo o que elas vêm na frente. Para esse veículo de comunicação só existe uma saída, ou morre com seu conservadorismo ou se revitaliza perdendo uma de suas principais características, a possibilidade de permitir ao ouvinte que sua imaginação role solta.

Géssyca Agnes

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