Ao nos ser proposto a ideia de confeccionarmos um jornal, todos ficamos muito empolgados e nos dividimos em editorias. A princípio eu iria participar da editoria de Mundo, contudo, nossa colega que não é brasileira participaria de algo que poderia não ser tão interessante para ela como a editoria de Mundo. Por isso, comecei a integrar a de Polícia. Encarando isso como um desafio novo, que com certeza, me acrescentaria muito mais do que algo que eu poderia ter mais facilidade em fazer.
Nos primeiros momentos, esquematizamos as nossas três páginas e pensamos no que poríamos nelas. A ideia inicial era de valorizarmos as mulheres em relação à polícia. Nossas reportagens seriam então: sobre o presídio feminino Madre Pelletier, sobre as mulheres que trabalham na polícia, sobre a diferença entre a polícia civil e brigada militar e um mapa das rondas da polícia. Eu me dispus a entrevistar alguém que tivesse algum vinculo com a penitenciária feminina.
Como peguei a entrevista sozinha, inicialmente não sabia direito por onde começar. Entrei no site da secretaria de segurança pública e peguei o telefone da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Para conseguir a ligação demorou dias, tentei inúmeras vezes ligar para os telefones deste órgão, mas todas foram frustradas. Quando finalmente consegui, o jornalista responsável por este setor não estava, mas a sua estagiária ao me ouvir foi muito solicita. Por intermédio desta pude falar com a senhora Maria Antonieta Felippetto, ex-diretora do presídio feminino.
Felippetto tentou me ajudar em tudo o que pode, confiou em mim logo no início e me entregou seus telefones pessoais. Enviei a entrevista por e-mail, já que ela alegou que não teria tempo para me receber pessoalmente. Em quinze perguntas interroguei ao máximo sobre o presídio e dei pauta para que ela pudesse falar bastante. Contudo, ao enviar as perguntas pensei que elas poderiam não ser suficientes para o número de caracteres que eu teria que atingir.
Apesar de toda a gentileza prestada pela ex-diretora, demorou quase duas semanas para que eu recebesse a minha resposta. Ela acreditava já ter me enviado e se eu não tomasse uma atitude ‘jornalística’ de insistir para receber o e-mail eu estaria esperando até hoje por ele. A entrevista, contudo, foi muito melhor do que eu esperava, as respostas de Felippetto foram bem desenvolvidas e cheias de emoções e informações necessárias.
Através desta reportagem, percebi que possuímos um presídio excelente em nossa cidade, no bairro Teresópolis. Mas, infelizmente, ele é aproveitado demais. A hiper-lotação que a penitenciária apresenta, que é o dobro da sua capacidade, diminui as suas qualidades. As detentas do Madre Pelletier desempenham trabalhos que creio ser de fundamental importância para a sua reestruturação psicológica. Além disto, estas mulheres são atendidas por psicólogos frequentemente e possuem contado direto com a direção, o que as dá um tratamento mais humano.
Ao redigir a entrevista, que foi em formato ping-pong, fiquei orgulhosa do nosso presídio e mudei algumas opiniões preconceituosas a respeito destes indivíduos. As palavras de Felippetto foram excelentes. Entretanto, eu ainda tinha um problema. A foto. Antonieta havia me informado que iria mandar uma foto sua. Porém sua foto estava impossibilitada de ser impressa, pois sua qualidade era horrível. Apavorada com a situação, já que eu deveria levar a entrevista completamente pronta no outro dia, fui até o presídio pela manhã antes da aula. Havia muito sol e as fotos apareceram com a minha sombra, mas fiquei contente de ter me esforçado para que desse certo. O professor Fabian, contudo, disse que teria como arrumá-las e que usaria as fotos que eu fiz. Descobri depois que os professores teriam como conseguir as fotos para nós. Mas já era tarde, já as tinha.
Apesar da correria, felizmente, deu tudo certo.
Géssyca Agnes
Nos primeiros momentos, esquematizamos as nossas três páginas e pensamos no que poríamos nelas. A ideia inicial era de valorizarmos as mulheres em relação à polícia. Nossas reportagens seriam então: sobre o presídio feminino Madre Pelletier, sobre as mulheres que trabalham na polícia, sobre a diferença entre a polícia civil e brigada militar e um mapa das rondas da polícia. Eu me dispus a entrevistar alguém que tivesse algum vinculo com a penitenciária feminina.
Como peguei a entrevista sozinha, inicialmente não sabia direito por onde começar. Entrei no site da secretaria de segurança pública e peguei o telefone da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Para conseguir a ligação demorou dias, tentei inúmeras vezes ligar para os telefones deste órgão, mas todas foram frustradas. Quando finalmente consegui, o jornalista responsável por este setor não estava, mas a sua estagiária ao me ouvir foi muito solicita. Por intermédio desta pude falar com a senhora Maria Antonieta Felippetto, ex-diretora do presídio feminino.
Felippetto tentou me ajudar em tudo o que pode, confiou em mim logo no início e me entregou seus telefones pessoais. Enviei a entrevista por e-mail, já que ela alegou que não teria tempo para me receber pessoalmente. Em quinze perguntas interroguei ao máximo sobre o presídio e dei pauta para que ela pudesse falar bastante. Contudo, ao enviar as perguntas pensei que elas poderiam não ser suficientes para o número de caracteres que eu teria que atingir.
Apesar de toda a gentileza prestada pela ex-diretora, demorou quase duas semanas para que eu recebesse a minha resposta. Ela acreditava já ter me enviado e se eu não tomasse uma atitude ‘jornalística’ de insistir para receber o e-mail eu estaria esperando até hoje por ele. A entrevista, contudo, foi muito melhor do que eu esperava, as respostas de Felippetto foram bem desenvolvidas e cheias de emoções e informações necessárias.
Através desta reportagem, percebi que possuímos um presídio excelente em nossa cidade, no bairro Teresópolis. Mas, infelizmente, ele é aproveitado demais. A hiper-lotação que a penitenciária apresenta, que é o dobro da sua capacidade, diminui as suas qualidades. As detentas do Madre Pelletier desempenham trabalhos que creio ser de fundamental importância para a sua reestruturação psicológica. Além disto, estas mulheres são atendidas por psicólogos frequentemente e possuem contado direto com a direção, o que as dá um tratamento mais humano.
Ao redigir a entrevista, que foi em formato ping-pong, fiquei orgulhosa do nosso presídio e mudei algumas opiniões preconceituosas a respeito destes indivíduos. As palavras de Felippetto foram excelentes. Entretanto, eu ainda tinha um problema. A foto. Antonieta havia me informado que iria mandar uma foto sua. Porém sua foto estava impossibilitada de ser impressa, pois sua qualidade era horrível. Apavorada com a situação, já que eu deveria levar a entrevista completamente pronta no outro dia, fui até o presídio pela manhã antes da aula. Havia muito sol e as fotos apareceram com a minha sombra, mas fiquei contente de ter me esforçado para que desse certo. O professor Fabian, contudo, disse que teria como arrumá-las e que usaria as fotos que eu fiz. Descobri depois que os professores teriam como conseguir as fotos para nós. Mas já era tarde, já as tinha.
Apesar da correria, felizmente, deu tudo certo.
Géssyca Agnes